18 de janeiro de 2010

De S. Domingos à Ribeira


«3ª fl. da Planta, entre a Porta Nobre e Caes d'Alfandega,
levantado por J. V. Corrêa em 1859»,
Junta Autónoma de Estradas, Direcção de Estradas do Porto, Arquivo Distrital do Porto

Uma interessante planta, que fazia parte de um conjunto de 3 folhas, mas da qual apenas se conhece esta, a qual cobre o espaço que vai do Largo de S. Domingos ao Cais da Alfandega (a velha) na ribeira do Douro. São bem visíveis os pormenores de cada rua, com a indicação dos espaços ocupados com edifícios, bem como todo o percurso da Rua de Congostas, a qual a partir de 1872 veio a ser alargada e transformada na parte sul da Rua de Mousinho da Silveira.

É ainda visível todo o espaço ocupado pelo «extincto convento de S. Domingos» com a indicação «parte em grande ruína», embora sem grande pormenores do edificado, à parte a zona sul da sua cerca.

De assinalar ainda que mesmo em frente à Associação Comercial do Porto, se desenhou um espaço rectangular, destinado a «Mercado em terreno pertencente à cerca do extinto convento de S. Domingos», tal como solicitado por aquela associação, mas que apenas em 1885 foi construído: o Mercado Ferreira Borges. Do projecto inicial que se vê nesta planta, veio a alterar-se a posição do mesmo: em vez de virado para a ACP, foi construído virado para o rio, mercê da sua construção tardia, pois que na altura já tinham sido demolidas as habitações que se situavam ao fundo da antiga cerca conventual e realizado o alinhamento da então «Rua Nova dos Ingleses», actual rua do Infante D. Henrique.

1 comentário:

Porta Nobre disse...

Adorei a planta!Pela riqueza do pormenor (só com Teles Ferreira décadas depois se viu algo igual/superior) mas sobretudo por aquele "feeling": "A rua das Congostas" como você nunca a viu!" :)